Antiguidade oriental e classica

Mesopotâmia
A civilização da Mesopotâmia é considerada
uma das mais antigas da história,
localiza-se entre os rios Tigre e Eufrates no
atual Oriente Médio (Iraque) e é rodeada por
desertos. O nome “Mesopotâmia” significa “terra
entre rios”.
De clima quente e solo fértil, foi considerada
o berço das civilizações humanas, onde
desenvolveram-se diversos povos, dentre as
principais: sumerianos, assírios, babilônios.
Vale ressaltar que os povos da
antiguidade buscavam regiões férteis, próximas
a rios, para desenvolverem suas comunidades.
Dentro desta perspectiva, a região da mesopotâmia
era uma excelente opção, pois garantia a
população: água para consumo, rios para pescar
e via de transporte pelos rios. Outro benefício
oferecido pelos rios eram as cheias que
fertilizavam as margens, garantindo um ótimo
local para a agricultura.
No geral, eram povos politeístas, pois
acreditavam em vários deuses ligados à natureza.
No que se refere à política, tinham uma
forma de organização baseada na centralização
de poder, onde apenas uma pessoa (imperador
ou rei) comandava tudo. A economia
destes povos era baseada na agricultura e no
comércio nômade de caravanas.
O povo Babilônio construiu suas cidades
nas margens do rio Eufrates, ao sul da mesopotâmia. Foram responsáveis por um dos
primeiros códigos de leis que temos conhecimento.
Baseando-se nas Leis de Talião (“olho
por olho, dente por dente “), o imperador de
legislador Hamurabi desenvolveu um conjunto
de leis para poder organizar e controlar a sociedade.
De acordo com o Código de Hamurabi,
todo criminoso deveria ser punido de uma
forma proporcional ao delito cometido.A escrita dos assírios constituia-se de
pequenas cunhas feitas com estilete em tabuletas
de argila - é chamada de escrita cuneiforme.
Descobriram-se milhares de tabuletas na
biblioteca de Assurbanipal em Nínive, conhecendo-
se grande parte da história do Império
Assírio a partir da leitura. Os palácios de Nínive
são cobertos de esculturas em baixo-relevo,
representando cenas de batalhas e da vida
cotidiana dos assírios. Também por eles sabemos
muito da história desse grande Império do
passado.
Tanto na Assíria quanto na Babilônia,
o traje típico era uma espécie de túnica com
mangas curtas e justas que em muito se assemelhava
ao Kalasiris egípcio. Nas camadas sociais
mais baixas, este era o traje de homens e
mulheres, só variando com o uso de um cinto,
mesmo no período mais prospero, os escravos
dos nobres continuaram usando esta túnica.
Os homens das classes mais altas
usavam o mesmo traje de mangas curtas, só
que mais longo, chegando até os pés. Quase
todos usavam cintos enfeitados, e, de acordo
com o status de cada pessoa, os trajes também
eram ornamentados e bordados, de forma mais
ou menos elaborada. Embora algumas vezes a
posição social fosse indicada pela quantidade
de enfeites na veste de corpo inteiro, era mais
claramente revelada pelo uso da estola. Outro símbolo de poder era a barba e o cabelo, os
reis costumavam usar uma barba postiça, que
era cuidadosamente penteada, e por fim untar
os cabelos com óleo, para evitar o ressecamento
e repelir piolhos.

Egito

Assim como na Mesopotâmia, o clima
também era muito quente, no entanto suas roupas
eram bem mais sucintas. Nesta civilização,
como em diversas outras, as roupas funcionaram
como diferenciador social e ganhavam a
conotação de distinção de classes. Os nobres
e a parcela mais privilegiada tinham vestes e
complementos mais opulentos, enquanto que
os menos favorecidos com freqüência andavam
nus.
Esta civilização destacou-se muito nas
áreas de ciências e desenvolveu conhecimentos
importantes na área da matemática, medicina
e astrologia. Estes conhecimentos foram
usados na construção de pirâmides e templos;
nos procedimentos de mumificação.
Templos, palácios e pirâmides foram
construídos em homenagem aos deuses
e aos faraós. Eram grandiosos e imponentes,
pois deviam mostrar todo poder do faraó. Eram
construídos com blocos de pedra, utilizando-se
mão-de-obra escrava para o trabalho pesado.O Egito possuía uma rica manifestação
artística. Grande parte das pinturas eram
feitas nas paredes das pirâmides. Estas obras
retratavam a vida dos faraós, as ações dos deuses,
a vida após a morte entre outros temas da
vida religiosa. Estes desenhos eram feitos de
maneira e as figuras eram mostradas de perfil.
Os egípcios não trabalhavam com a técnica da
perspectiva (imagens tridimensionais) e as tintas
eram obtidas na naturezaAo longo de aproximadamente
3.000 anos a indumentária egípcia permaneceu
praticamente sem alterações, e só vamos
ver mudanças significativas a partir das invasões
de outros povos em seu território, gerando
uma influência de novos costumes, destaca-seem especial a influência
romana. O traje
característico da indumentária
egípcia era o
Chanti, uma espécie
de tanga masculina, e
o Kalasiris, uma túnica
longa que era usada
tanto por homens
quanto por mulheres.
De modo geral eram
usados bem próximos
ao corpo, a cor mais
usada era o branco e
o tecido mais comum era o linho seguido do
algodão. Os egípcios não usavam a fibra animal
natural, uma vez que essa era considerada
impura e proibida pela religião.


Creta


Creta é a maior ilha do Mar Mediterrâneo
e teve o apogeu de sua cultura entre 1750
a.C. e 1400 a.C. O território pertence à Grécia
desde o ano 67 a.C. Até a segunda metade do
século XIX pouco se sabia sobre sua história;
no entanto as escavações do arqueólogo Sir
Arthur Evans descobriram o sítio arqueológico
de Creta e permitiram um estudo mais consistente
desta rica civilização.
A maioria da população era formada
por pescadores e marinheiros, por isso eram
chamados de povo do mar. Na agricultura, destaque
para o cultivo de oliva, uva, ameixa, figo,
trigo, milho e legumes e na indústria: tecidos,
ferramentas, utensílios domésticos, vasos e
jóias.
A arte cretense
era riquíssima e chamava-
se arte minóica. A cerâmica,
algumas vezes
apenas um pouco mais
espessa do que a casca
de um ovo, era adornada
com desenhos florais
que, embora convencionais,
revelavam grande
efeito em fundo colorido
ou preto.
Na pintura magníficos afrescos adornavam
as paredes dos palácios. Grande parte
das pinturas representava cenas da natureza,
aves e outros animais em meio vegetal embora
o tema preferido da pintura minóica fosse a
vida marinha, revelando conhecimento do mar
e dos animais marinhos. Esse tema pode ser encontrado também na cerâmica e artesanato.
Encontra-se uma paixão pelo ritmo, pelas ondas
e pela flutuação.Eram um povo festivo e levavam uma
vida alegre. Quase não havia distinção entre
as classes sociais. Tanto os homens quanto as
mulheres dedicavam muito do seu tempo aos
jogos, exercício físicos ao ar livre, pugilismo,
luta de gladiadores, corridas, torneios, desfiles
e touradas.
A religião cretense era matriarcal. A
maior atração religiosa era a Deusa-Mãe, deusa
da fecundidade, da maternidade, da terra e
dos homens. Representava o bem e o mal ao
mesmo tempo. Era também a senhora dos animais
e a ela eram consagrados os pássaros,
leões e serpentes.
A respeito da indumentária cretense,
havia uma distinção marcante entre as vestes
masculinas e femininas. Os homens usavam
simplificadas tangas com cintos e geralmente
deixavam o torso nu.Já as mulheres apresentavam uma
elaboração maior. Usavam longas saias em
formato de sino cheias de babados sobrepostos,
uma espécie de avental sobre ela, e na
arte superior, um tipo de blusa de manga curta
com costura nos ombros que deixava os seios
à mostra. Na cabeça ela usava um tipo de chapéu
pendurado com um animal, cada animal
tinha seu significado (a cobra era símbolo de
poder). Acredita-se que os materiais usados
eram linho, lã e couro.


Grecia

A civilização grega surgiu entre os mares
Egeu, Jônico e Mediterrâneo, tem um litoral
muito recortado e inúmeras ilhas. Embora
seu surgimento paire sobre 2000 a.C., teve a
prosperidade de sua cultura entre 600 a.C. e
100 a.C. Quando se fala em Grécia, se fala em
filosofia, em arte, em democracia, em apurado
padrão estético.A indumentária grega se destacou pelos
seus elaborados e marcantes drapeados.
Não havia um caráter erótico ligado às roupas,
mas sim uma grande preocupação estética. A
peça mais característica de sua indumentária
era uma túnica feita com um grande retângulo
de tecido. Era colocada no corpo presa sobre
os ombros e embaixo dos braços, sendo uma
das laterais fechada e a outra aberta, pendendo
em cascata. No ombro era preso por broches
(Fíbula) e alfinetes e na cintura por cintos e cordões.
O linho era o tecido mais usado, seguido
pela lã. Os pés estavam quase sempre descalços,
mas quando havia calçados, eram as sandálias
presas por tiras nos pés e pernas.
Tanto homens quanto mulheres usavam
a túnica descrita, sendo que os homens
a usavam longa para momentos mais cerimoniosos
e curta para o dia-a-dia. A das mulheres
era sempre longa.
A respeito das
cores, a túnica era comumente
tingida e usada
colorida, ao contrário
do que muitos pensam.
O único lugar em que
era obrigatório usar
branco era o teatro, que
por ser considerado sagrado,
exigia um tom de
pureza. Com o passar
do tempo, esta peça
evoluiu de um único retângulo
para duas partes
costuradas, por vezes
com manga. Em complementação à ela os
gregos usavam mantos. Para os homens havia
a uma capa curta, feita de lã grossa que era a
capa militar; e outra, roupa civil, mais ampla e
usada em dias frios. O manto das mulheres era
bem comprido, chegando aos pés.
Para os homens
era comum o uso de barbas,
porém para os mais velhos,
uma vez que os jovens as
raspavam. Os cabelos eram
comumente usados curtos.
As mulheres os usavam soltos
e era comum a amarração
com fitas ou com o Chinó,
que era uma espécie de
suporte que prendia o cabelo
na nuca. As jóias também
eram muito usadas por elas:
braceletes, colares, brincos,
anéis, alfinetes, broches e
diademas.

Roma

Roma localiza-se na região central
da península Itálica, às margens do rio Tibre.
Roma foi fundada no ano de 753 a.C. e teve
seu declínio em 476 d.C. e a principal causa
de sua queda foi a invasão dos povos bárbaros.
Na sociedade romana estiveram presentes
muitos valores gregos.A civilização romana é considerada
a mais rica da Antiguidade e, naturalmente,
suas vestimentas são elementos que ajudam
a reforçar essa condição. Os romanos do sexo
masculino vestiam-se com a túnica e por cima
dela usavam outra bastante drapeada, e esta
foi a peça que mais caracterizou a indumentária
deste povo. A túnica usada por cima era
muito volumosa, e quanto mais volume mais
nítido era o pertencimento à classe mais alta
da sociedade, mais prestígio tinha seu usuário.
Geralmente era de lã e em formato de semicírculo.
Pessoas menos favorecidas e soldados
do exército em geral usavam apenas a túnica
simples de baixo.
As mulheres usavam
uma túnica longa que
muitas vezes era sobreposta
por outra, que tinha a
principal característica de
ter mangas e era um manto
em formato retangular.
Os penteados delas
eram muito usados e
variavam constantemente,
com o tempo foram
tornando-se mais elaborados,
tornando-se um sinal
de status. Eram usados
coques com mechas, ou o
rosto emoldurado por pequenos
cachos, anelados
com pinças quentes. Usavam
jóias como pulseiras,
anéis, colares, brincos e
sandálias nos pés.
Existiam diferentes
tipos de túnicas, conforme
a função social e
a idade de quem as vestiam.
Como por exemplo,
a separação entre a Viril
e a Pueril. A primeira era
utilizada pelos homens a
partir dos 14 ou 16 anos,
de tecido branco, muito
simples era usada em ocasiões formais. A
Pueril era igualmente branca, porém mais curta.
Outra Toga de sucesso era a brilhante: era
passado sobre o tecido um giz branco que a
deixava brilhando, usada pelos candidatos a
cargos públicos para chamar atenção durante
seus discursos.
A indumentária era muito normatizada
e quem infringisse suas regras era punido. Por
exemplo um senador romano que não fosse
vestido com a toga corretamente ao senado
poderia ser preso.

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