quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Idade contemporanea seculo XX parte IV


Anos 40

Os anos 40 iniciaram com ares de conflito.
A Segunda Guerra Mundial, que durou de
1939 a 1945 envolveu muitas nações do mundo
e mudou os rumos da história.
Apesar das regras de racionamento,
impostas pelo governo, que também limitava a
quantidade de tecidos que se podia comprar e
utilizar na fabricação das roupas, a moda sobreviveu
à guerra.
A palavra
de ordem era recessão.
A silhueta
feminina do final
dos anos 30, masculinizada
em estilo
militar, perdurou
até o final dos conflitos.
Foi comum o
uso de duas peças,
de dia ou de noite,
confeccionadas em
tecidos simples.
Eram saias justas e
casacos que , para
fugir da monotonia
de tempos de crise,
eram detalhados
com debrum, bolsos
e golas em cores diferentes.
A criatividade que se manifestou no
período de guerra, contribuiu para solucionar
os problemas vividos com a escassez. Não havia
cabeleireiros disponíveis e os artifícios foram
muitos, como o uso de turbantes, chapéus,
redes e lenços. As bicicletas entraram para
substituir os transportes públicos e as meias de
nylon, também escassas, foram trocadas por
pastas cor da pele detalhadas com um risco na
parte de trás da perna, imitando a costura das
meias.
Os sapatos
mais usados foram
os do tipo plataforma
e sua difusão contou
com auxílio de Carmem
Miranda, que
fez deles sua marca
registrada. As bolsas
em geral eram a tira
colo, penduradas ao
ombro para andar de
bicicleta; ou também
as grandes, contribuindo
para carregar
alimentos. Usavam
ainda a saia-calça que
favorecia o uso da bicicleta
também.
Os homens
viveram um período
de franca estagnação
na moda no período
de guerra.
O fim da guerra em 1945, trouxe novamente
a tranqüilidade e a alegria às pessoas.
Nos Estados Unidos, que não viveram os conflitos
em seu solo, a indústria estava bem estabelecida
e é quando surge o Read-to-Wear.
Esta inovação permitia a produção de roupas
me escala industrial, com qualidade, com ligação
com mas novidades da moda e tamanhos
variados por um mesmo modelo.
A Alta Costura sofreu forte impacto
no período de recessão, mas no pós-guerra
a coisa mudou. Paris conseguiu se reerguer e
recuperar seu prestígio, em boa parte graças
a um projeto de marketing que funcionou. Foi
criada em Paris uma exposição chamada Le
Théâtre de La Mode que passou por diversos
lugares do mundo, com intuito de divulgar em
pequenas bonecas do tipo Barbie, criações de
grandes nomes da época como: Balenciaga,
Balmain, Dior, Givenchy, etc.
As meias de nylon
voltaram ao guarda roupa
das mulheres e seu consumo
foi grande. Surge
também o bikini, a roupa
de banho em duas peças,
criado por Louis Réard e
assim batizado por conta
do bombardeio atômico
sofrido pela ilha de Bikini,
no Pacífico.
Em 1947, lançado por Christian Dior,
surge o New Look, propondo o resgate da feminilidade
da mulher, sufocada nos tempos de
guerra. Esta proposta foi assimilada pelas mulheres,
que ansiavam pela volta do luxo e da
sofisticação perdidos. A proposta contava com
saias rodadas e compridas, cintura fina, ombros
e seios naturais, luvas e sapatos de salto
alto. Dior estava imortalizado com o seu “New
Look” jovem e alegre. Era a visão da mulher
extremamente feminina, que iria ser o padrão
dos anos 50.
Curiosidade: A história do Biquíni
O biquíni (originalmente “bikini”) inventado
por Louis Réard percorreu uma grande trajetória
até se consolidar como roupa de praia favorita
das mulheres brasileiras. Seu lançamento foi em 26
de junho de 1946 e causou o efeito de uma verdadeira
bomba.
Apesar de toda euforia em torno do novo
traje de banho, descrito por um jornal da época
como “quatro triângulos de nada”, o biquíni não
emplacou logo de cara. O primeiro modelo, todo em
algodão com estamparia imitando a página de um
jornal, se comparado aos de hoje, era comportado
até demais. Entretanto, para os padrões da época,
um verdadeiro escândalo. Tanto, que nenhuma modelo
quis participar da divulgação do pequeno traje.
Por isso, em todas as fotografias do primeiro biquíni,
lá está a corajosa stripper Micheline Bernardini,
a única a encarar o desafio.
Na década de 50, as atrizes de cinema e
as pin-ups americanas foram as maiores divulgadoras
do biquíni. Em 1956, a francesa Brigitte Bardot
imortalizou o traje no filme “E Deus Criou a Mulher”,
ao usar um modelo xadrez vichy adornado
com babadinhos.
No Brasil, o biquíni começou a ser usado
no final dos anos 50. Primeiro, pelas vedetes, como
Carmem Verônica e Norma Tamar, que juntavam
multidões nas areias em frente ao Copacabana Palace,
no Rio de Janeiro, e, mais tarde, pela maioria
decidida a aderir à sensualidade do mais brasileiro
dos trajes. A partir daí, a história do biquíni viria
se tornar parte da história das praias cariocas, verdadeiras
passarelas de lançamentos da moda praia
nacional.
Na década de 60, a imagem sensual da
atriz Ursula Andress dentro de um poderoso biquíni,
em cena do filme “007 contra o Satânico Dr. No”
(1962) entrou para a história da peça. Em 1964, o
designer norte-americano Rudi Gernreich dispensou
a parte de cima do traje e fez surgir o topless,
numa ousadia ainda maior.
Mas foi no início dos 70, que um
novo modelo de biquíni brasileiro, ainda menor, surgiu
para mudar o cenário e conquistar o mundo - a
famosa tanga. Nessa época, a então modelo Rose di
Primo era a musa da tanga das praias cariocas.
Durante os anos 80 surgiram outros modelos,
como o provocante enroladinho, o asa-delta e
o de lacinho nas laterais, além do sutiã cortininha.
E quando o biquíni já não podia ser menor, surgiu o
imbatível fio-dental, ainda o preferido entre as mais
jovens. A musa das praias cariocas dos 80 foi sem
dúvida a então modelo Monique Evans, sempre com
minúsculos biquínis e também adepta do topless.
Nos anos 90, a moda praia se tornou cult
e passou a ocupar um espaço ainda maior na moda.
Um verdadeiro arsenal, entre roupas e acessórios
passaram a fazer parte dos trajes de banho, como
a saída de praia, as sacolas coloridas, os chinelos,
óculos, chapéus, cangas e toalhas. Os modelos se
multiplicaram e a evolução tecnológica possibilitou
o surgimento de tecidos cada vez mais resistentes e
apropriados ao banho de mar e de piscina.
Toda essa intimidade brasileira com a
praia, explicada pelo clima do país (em alguns Estados
brasileiros é verão durante a maior parte do
ano) e pela extensão do litoral que tem mais de 7
mil km de praias, podem explicar o motivo pelo qual
o Brasil é o país lançador mundial de tendências
desse segmento.
(Acesse a matéria completa em http://almanaque.
folha.uol.com.br/biquini.htm).
Anos 50
Os anos 50 foram marcados como a
década do renascimento da feminilidade, lançada
pelo New Look, de Dior. O culto à beleza
estava em alta, e os “Anos Dourados” expressaram
muito luxo e sofisticação.
Foi o esplendor da
Alta Costura e os grandes
nomes da moda do período
foram muitos que também
se destacaram na década
anterior, como: Dior, Balenciaga,
Givenchy, Nina Ricci
e Chanel, entre outros.
A cintura marcada
e as saias rodadas permaneceram
com destaque.
Os scarpins complementavam
o visual, assim como
chapéus de aba larga, bijuterias
imitando jóias e as
indispensáveis luvas.
Paris manteve-se
como centro lançador de
moda, embora Inglaterra e
Estados Unidos estivessem
em franca ascensão. Diversos proposta de volume foram criadas e surgiram
as linhas H (tubinho), A (abrindo os vestidos
da cintura para baixo) e Y (evidenciando
golas). Ainda apareceram os chemisier, inspirados
nas camisas.
Os homens usaram ternos sóbrios e
gravata, fazendo do colete uma peça fora de
moda.
A mulher dos anos 50 tinha uma vida
mais caseira. Os bebes nascidos no pós-guerra
neste momento eram crianças e exigiam cuidados
de suas mães. A mulher voltou para casa
e ganhou o status de “Rainha do lar”, envolta
em seus eletrodomésticos e em todas as facilidades
que o mundo do consumo oferecia. Mas
vale ressaltar que havia muito requinte desta
mulher ligada à família.
A década de 50 foi o auge das pin-ups,
em função de seu caráter fortemente ligado à
atmosfera da sensualidade feminina. As pinups
são modelos que se
enquadram em fotografias,
desenhos e artes em geral
com um toque de sensualidade.
O termo surgiu durante
a 1ª Guerra Mundial
e Marilyn Monroe, Brigitte
Bardot, Jane Fonda, Betty
Boop são bons exemplos,
ícones de beleza e sensualidade
até os dias de hoje.
Com o fim da escassez dos cosméticos
do pós-guerra, a beleza se tornaria um tema de
grande importância. O clima era de sofisticação
e era tempo de cuidar da aparência. A maquiagem
estava na moda e valorizava o olhar,
o que levou a uma infinidade de lançamentos
de produtos para os olhos, um verdadeiro arsenal
composto por sombras, rímel, lápis para os
olhos e sobrancelhas, além do indispensável
delineador. A maquiagem realçava a intensidade
dos lábios e a palidez da pele, que devia
ser perfeita. Surgem as grandes empresas do
ramo, como a Revlon, Helena Rubinstein, Elizabeth
Arden e Estée Lauder.
Os cabelos podiam ser penteados em
forma de rabo de cavalo ou em coques, as franjas
começaram a aparecer. Era também o auge
das tintas para cabelos, que passaram a fazer
parte da vida de dois milhões de mulheres e
das loções alisadoras e fixadoras. Os símbolos
da beleza feminina eram Marilyn Monroe e Rita
Hayworth.
O sportswear estava muito popular e a
indústria do prêt-a-porter estava cada vez mais
significativa. Em 1959, a boneca Barbie foi desenvolvida
e comercializada nos EUA, sendo
pouco tempo depois exportada para a Europa.
Um fator determinante no mundo da
moda e no mercado foi a cultura juvenil, que
já não podia mais ser ignorada, pois foi ainda
nos anos 50 que se começa a notar uma certa
rebelião da juventude contra a geração mais
velha, atarefada em reconstituir uma prosperidade
perdida nos anos da guerra. Os jovens
começaram a procurar sua identidade e uma
moda específica para eles apareceu derivada
da dos adultos. Para as mulheres, os cardigãs
de malha, sais rodadas, sapatos baixos, meias
soquete e rabo de cavalo, compondo a linha
batizada de College. Apareceram também as
calças compridas cigarrete, usadas com sapatilha.
Para os meninos jovens surgiu
o estilo rebelde, por influência de James
Dean e Marlon Brando, no cinema, e
de Elvis Presley, na música. O visual era
composto pela calça jeans com a barra virada,
camiseta branca e a jaqueta de couro. O despojamento
falava alto.
Curiosidade: História da Barbie: Foi Ruth
Handler, esposa de Elliot Handler (fundador da empresa
norte-americana Mattel) quem teve a idéia de
fabricar uma boneca adulta, que até então só existia
em papel (na verdade, a boneca alemã Lili, feita de
celulóide, é anterior à Barbie e pode ter inspirado
Ruth Handler). Mãe de três filhos, Ken, Skipper e
Barbara, ela não teve dúvida quanto ao nome da
nova boneca: Barbie, o diminutivo de Barbara.
Mais tarde, Ken viria ser seu namorado e Skipper
sua irmã-boneca.
Encomendada ao designer Jack Ryan, em
1958, ela foi lançada oficialmente na Feira Anual de
Brinquedos de Nova York, em 9 de março de 1959.
Barbie foi apresentada como uma modelo teenager
vestida na última moda. Aliás, a imagem da boneca
sempre foi a de uma top model, símbolo de sucesso,
beleza e juventude.
Loura e
vestida com um maiô
listrado em preto e
branco, a boneca
nasceu com o corpo
de manequim, longas
pernas e cintura fina,
as medidas perfeitas
para os seus 29 cm
de altura.
Ela já trazia
modelos de roupas
e acessórios que
podiam ser trocados,
ou seja, tudo o que
pudesse identificar o universo jovem do final dos
anos 50: vestidos rodados, calças cigarrete e luvas.

Idade contemporânea seculo XX parete III


Anos 30

Com a crise financeira, por conta da
quebra da bolsa de Nova Iorque em 1929, o
mundo se vê diante de problemas financeiros
seriíssimos. No entanto, paradoxalmente, a década
marcou um período de moda sofisticada.
O cinema foi o grande referencial de
disseminação dos novos comportamentos
de moda. As grandes estrelas de Hollywood,como Marlene Dietrich, Mae West, Jean Harlow
e Greta Garbo influenciaram milhares de
pessoas.
A moda dos anos 30 deixou para trás
todo o ideal andrógino dos anos 20. Esta década
redescobriu os contornos do corpo da mulher
através de uma elegância refinada. Assim
como o corpo feminino voltou a ser valorizado,
os seios também voltaram a ter forma. A mulher
então recorreu ao sutiã e a um tipo de cinta ou
espartilho flexível. As formas eram marcadas,
porém naturais.
Para o dia eram usados vestidos na
altura da panturrilha e para a noite os longos.
Acompanhados de boleros, casacos ou capas.
Nos dias frios eram usados mantos e peles. A
cintura volta ao seu lugar, porém sem ser marcada
de forma exagerada, era apenas acentuada.
Mas a grande vedete desta década foram
as enormes aberturas nas costas, que chegavam
até a cintura. Mesmo com o mundo em
crise a elegância esteve presente.
Os vestidos mais utilizados foram os
de corte godê e evasê, permitindo certo ar romântico
perdido nos anos 20. A grande novidade
introduzida por Madeleine Vionnet neste
período foi o corte em viés, conseguindo evidenciar
as formas femininas com muita sensualidade.
Alguns modelos novos de roupas surgiram
com a popularização da prática esportiva,
uma vez que a moda dos anos 30 descobriu
os esportes como tênis, patinação e ciclismo e
ainda os banhos de sol. O short surgiu a partir
do uso da bicicleta e também apareceram os
óculos escuros, muito usados pelos astros do
cinema.
O ideal de beleza neste período apontou
para o corpo bronzeado, em decorrência
de uma vida ao ar livre, e para sobrancelhas
e pálpebras marcadas com lápis e pó de arroz
bem claro. As mulheres deixam crescer o cabelo
um pouco em relação à década anterior, e foi
moda fazer ondulações nele. Muitos chapéus
foram usados, os de longas abas e os pequeninos,
usados no alto da cabeça, caindo sobre
a testa.
Apesar da fibra natural não ter sido
abandonada, surgem os tecidos sintéticos. O
grande destaque e muito utilizado nos anos 30
foi o cetim, contribuindo para marcar a silhueta,
com toque sedoso e brilho.
Para os homens quase
não há mudanças. A formalidade
manteve-se e as pequenas
variações consistiam
em largura de calças, dos paletós
e dos colarinhos. Como
complemento surge o chapéu
palheta.
Na Alta Costura as
mulheres fizeram mais sucesso
do que os homens. Chanel
continuava com grande destaque;
Madeleine Vionnet surge
com sua moulage; Madame Grés abusava dos
drapeados; Jeanne Lanvin teve seu espaço e
Nina Ricci impôs-se com um estilo clássico e
sofisticado.
No entanto, vale dar atenção também
para um homem que, ao mudar-se para Paris
em meados dos anos 30, começou a aparecer
com destaque: Cristóbal Balenciaga. Estava
ainda em início de carreira, mas já mostrava
seu grande talento. Balenciaga tem seu grande
sucesso nos anos 50 e se consagra como um
dos nomes de prestígio do século XX.
O termo prêt-à-porter ainda não era
usado, mas os passos para o seu surgimento
já estavam sendo dados. Surgiram as primeiras
Butiques (significava “já pronto”) com o
início dos produtos em série assinados pelas
Maisons.
No final dos anos 30, com a aproximação
da Segunda Guerra Mundial, que estourou
na Europa em 1939, as roupas já apresentavam
uma linha militar, assim como algumas peças
já se preparavam para dias difíceis, como
as saias, que já vinham com uma abertura lateral,
para facilitar o uso de bicicletas.
Com a crise desencadeada pela
guerra, muitos estilistas fecharam suas Maisons
ou se mudaram para outros países, fugindo
da França.
Curiosidades: Balenciaga – O arquiteto
da Costura
Balenciaga é um grande homenageado do
mundo da moda. Ele criou formas e volumes imortais,
representados através de vestidos e trajes que
lembram flores como a tulipa e a rosa desabrochada
com suas pétalas por inúmeros plissados. Este arquiteto
do feminino, além de grande criador, foi um
indivíduo intrigante.
Cristobal Balenciaga nasceu em Guetaria,
em 21 de janeiro de 1895. De família pobre, era filho
de um pescador e uma costureira. Em Guetaria, morava
a marquesa de Casa Torrès, que foi a grande
incentivadora do jovem Balenciaga em sua carreira
como estilista. Seus talentos revelaram-se bem cedo,
sendo que aos 12 anos desenhou, pela primeira vez,
um vestido para a marquesa. A partir daí, começou
a freqüentar o ateliê de um alfaiate madrileno, com
quem aprendeu alfaiataria.
Em 1915, abriu sua primeira casa de costura
em San Sebastian, cidade próxima à sua. Seu
sucesso não demorou a chegar e, em pouco tempo,
se transferiu para Madri. Em 1936, decidiu se mudar
para Paris e, em agosto do ano seguinte apresentou
sua primeira coleção. Nesta década de 30,
Balenciaga já havia ganhado a fama de melhor costureiro
da Espanha. Entre 1936 e 1937, mudou-se
para Paris.
Dez anos antes do “New Look” de Dior,
ainda nos anos 30, as criações de Balenciaga começaram
a atrair as damas da sociedade e atrizes
famosas para sua maison, que ficava no número
10 da avenida George 5º, em Paris. A experiência
adquirida em alfaiataria permitia que o espanhol
não só desenhasse seus modelos, mas também os
cortasse, armasse e costurasse, o que não é comum
aos estilistas, que em geral apenas desenham suas
criações.
A perfeição nas proporções conseguida
por Balenciaga em seus modelos aproximava
sua arte da arquitetura. Considerado o grande
mestre da alta-costura, seu estilo elegante e severo,
às vezes dramático, tornaram inconfundíveis suas
criações. As cores que usava nesta época eram sóbrias,
como tons de marrom escuro, porém ganhou,
posteriormente, fama de colorista.
Em 1939, lançou o corte de manga com
a aplicação de um recorte quadrado e uma linha
de ombros caídos, com cintura estreita e quadris
arredondados. No ano seguinte, apresentou o seu
primeiro vestidinho preto, com busto ajustado e
quadris marcados por drapeados, além de abrigos
impermeáveis em tecidos sintéticos.
Em 1942, as jaquetas largas e as saias
evasês compunham a chamada “linha tonneau”. O
primeiro paletó-saco e os redingotes com mangasquimono
surgiram em 1946. Suas coleções de 1947
e 1948 tiveram inspiração espanhola, com elegantes
vestidos e boleros de toureador para a noite.
Seu primeiro perfume, “Fruites des Heures”
foi criado em 1948.
Em 1949, fez mantôs muito largos e, em
1950, vaporosos e retos, além do vestido-balão. Na
década de 50, Balenciaga apresentou lã tingida de
amarelo-vivo e cor-de-rosa.
Balenciaga viveu o auge de sua fama e
criação durante os anos 50, começando em 1951,
mudando a silhueta feminina ao eliminar a cintura e
aumentar os ombros, num talhe muito acentuado.
Em 1955, criou o vestido-túnica e,
em 1956, subiu as barras dos vestidos e casacos na
frente, deixando-as mais compridas atrás, além do
primeiro vestido-saco. Em 1957, apresentou o vestido-
camisa. A linha “Império” foi criada em 1959 e
veio com a cintura alta para os vestidos e os mantôs
em forma de quimonos.
Durante os anos 60, Balenciaga criou casacos
soltos, amplos, com mangas-morcego e, em
1965, apresentou os primeiros impermeáveis transparentes
em material plástico. Sua última coleção
foi lançada na primavera de 1968 - ano em que se
aposentou e fechou sua maison - e mostrou jaquetas
largas, saias mais curtas, vestidos-tubo e muitas
cores.
Balenciaga era considerado purista e
classicista. Seu estilo ainda é lembrado pelos grandes
botões e pela grande gola afastada do pescoço.
Aposentou-se em 1968 e morreu, aos 77 anos, no dia
24 de março de 1972, em Javea, na costa espanhola
do Mediterrâneo

Idade contemporânea seculo XX .parte II


Anos 20

Esta década foi denominada de “Anos
Loucos”, em função do caráter revolucionário
do período e da grande inovação vivenciada.
Na moda, as propostas surgidas no
final dos anos 10, foram confirmadas e consolidadas.
Linhas funcionais, práticas e simples
traduzidas na silhueta tubular e na androginia
para as mulheres. A cintura estava deslocada
para baixo, chegando à altura dos quadris, os
seios eram achatados com o auxilio de faixas e
a cintura não mais parecia em curvanovidades se consolidam. A mulher solteira
não mais dependia de marido para sustentála,
conseguiu adquirir sua emancipação com a
independência financeira.
Na moda feminina as saia encurtaram
ainda mais, com a necessidade de trabalho e
atividades de lazer como a dança. Ainda nos
anos 10 a androginia aparece, com os curtos
cortes de cabelo e com a mulher sendo cada
vez mais independente, fumando em público e
dirigindo carros. Esses novos hábitos e novas
silhuetas são o que vai permanecer nos anos
20 e se transformarem em sua maior característica.
Curiosidade: Dizem que, certa vez, encontrando
Chanel em um dos seus empobrecidos pretinhos
básico, o insolente Poiret perguntou: “Por
quem está de luto, mademoiselle?” E ela, mais insolente
ainda responde: “Por você, monsieur!”
Anos 20
Esta década foi denominada de “Anos
Loucos”, em função do caráter revolucionário
do período e da grande inovação vivenciada.
Na moda, as propostas surgidas no
final dos anos 10, foram confirmadas e consolidadas.
Linhas funcionais, práticas e simples
traduzidas na silhueta tubular e na androginia
para as mulheres. A cintura estava deslocada
para baixo, chegando à altura dos quadris, os
seios eram achatados com o auxilio de faixas e
a cintura não mais parecia em curva.
A emancipação feminina já vista nos
anos 10, continuou e a dança se tornou um hábito
forte que teve influência direta na moda.
Os vestidos e saias encurtaram ainda mais
para poderem dar conta dos ritmos do Charleston,
do Foxtrot e do Jazz, chegando à altura
dos joelhos. Isso foi de fato uma grande revolução,
visto que em toda a história, com exceção
da Pré-História em trajes primitivos de tangas,
a mulher nunca havia deixado suas pernas
descobertas. A novidade do encurtamento
das saias fez fortalecerem o uso das meias de
seda, que eram claras para gerar o efeito de
“cor de pele”.A moda vigente
estava em total
concordância com o
campo das artes, que
vivia um momento de
Art Déco, privilegiando
as formas geométricas,
quando as referências
curvilíneas
foram todas deixadas
de lado.
Um interessante fenômeno ocorrido
ao longo dos anos 20 foi o de a roupa deixar,
ao menos de forma tão evidente, de manifestar
diferenciações sociais. Este aspecto de representação
social sempre foi mostrado através da
roupa e neste período ele não foi evidente. Isto
se deu por conta de o novo estilo feminino ter
sido aceito por mulheres de todas as classes
sociais. Assim, o que marcava a diferença era
basicamente o preço das roupas e a qualidade
delas. Inclusive a Alta Costura foi bastante
simplificada, favorecendo o funcionalismo e a
liberdade de movimentos.
A maquiagem ficou bastante acentuada
com o uso do pó-de-arroz, do batom vermelho
nos lábios em forma de coração e da
acentuação dos cílios. Os cabelos foram os à la
garçonne (à maneira dos meninos), que eram
muito curtos e contribuíam para complementar
a aparência andrógina. A cabeça era complementada
pelo uso do chapéu Cloche, em formato
de sino com pequenas abas. Este chapéu
foi muito usado e acabou por se firmar como
outra das grandes características da época.
Como roupa de baixo, as mulheres
usavam uma combinação e mais para o final
da década surge o soutien (uma versão mais
próxima da que temos hoje).
As roupas
de banho encurtaram
deixando boa
parte da coxa aparecer.
Passaram a serem
feitas de malha
grossa e ganharam
decoração geométrica,
característica da
década.
Foi a década
da estilista Coco
Chanel, traduzindo o
traje masculino para
o feminino com muito
sucesso, sem que
se perdesse a feminilidade.
Cria trajes
tricotados e o tão
aclamado “pretinho
básico”. Vem com
sua nova moda de
blazers, capas, cardigans,
cortes retos,
colares compridos,
boinas e cabelos
curtos. Outro nome
importante foi o de
Jean Patou, estilista
francês, que criou a
moda sportswear.
Para os homens
o aspecto de
suas roupas permaneceu
o mesmo, no
entanto algumas novidades apareceram. O
Smocking passou a ser usado em ocasiões
mais formais, surgiu o tecido Príncipe de Gales,
os sapatos bicolores. O colete entrou em desuso
e o chapéu da moda era o coco, eternizado
no cinema na cabeça de Charles Chaplin.
No final da década surgiram as franjas
e em alguns momentos uma assimetria vista
nos comprimentos das saias – uma diferença
entre a parte da frente e a parte de trás.
A década termina com uma crise gerada
pela queda da bolsa de valores de Nova
Art Déco
Combinação
Roupa de banho
Roupa masculina
Maquiagem e chpéu Cloche
Iorque. De um dia para o outro, os investidores
perderam tudo, afetando toda a economia dos
Estados Unidos, e, consequentemente, do resto
do mundo. Os anos seguintes ficaram conhecidos
como a Grande Depressão, marcados por
falências, desemprego e muito desespero.
Curisosidade: O surgimento do que hoje
chamamos de “pretinho básico” data de 1926, ano
em que a revista “Vogue” publicou uma ilustração
do vestido criado por Chanel - o primeiro entre vários
que a estilista iria criar ao longo de sua carreira.
Antes dos anos 20, as jovens não podiam usar
preto e as senhoras o vestiam apenas no período de
luto.
O pretinho tornou-se realmente famoso nos
anos 60 e início dos 70. Chique, usado por Jacqueline
Kennedy, elegante e feminino no corpo de Audrey
Hepburn, no filme “Bonequinha de Luxo”, de 1961,
cujo figurino foi criado pelo estilista francês Hubert
Givenchy, e descontraído, feito de crochê, na pele
da atriz Jane Birkin, em 1969.
Após a moda psicodélica da década de 70,
a cor voltou para disputar poder com os homens,
nos anos 80. Preocupadas com o sucesso profissional,
as mulheres precisavam de uma roupa simples
e elegante, que fosse a todos os lugares. Mais uma
vez, o vestido preto se tornou a melhor opção.
Nos anos 90 ele continuou sendo uma peça
básica do guarda-roupa feminino, feito com os mais
diversos tecidos, do modelo mais simples ao mais
sofisticado, usado em todas as ocasiões e em todos
os horários. Por tudo isso o vestido preto se tornou
o grande clássico do guarda-roupa feminino, aquele
que garante as duas características básicas ao mesmo
tempo - simplicidade e elegância.

Idade contemporânea seculo XX .



Anos 10

A partir do século XX o estudo da história
da moda passa a se dar por décadas, uma
forma didática e também necessária, por conta
da aceleração do processo de mudanças que
se evidenciou nas linhas da moda.
Os anos de 1914 a 1918 foram marcados
pelo conflito da Primeira Guerra Mundial.
Os tempos mudaram. A presença do homem
na guerra fez com que as mulheres de diversas
classes sociais passassem a atuar em diversos
setores antes masculinos: “(...) da área de
saúde aos transportes e da agricultura à indústria,
inclusive a bélica. Foi o começo da emancipação
feminina, uma necessidade durante
a guerra e, depois dela, um hábito” (BRAGA,
2007, p.70).
A moda sofreu uma série de transformações
neste período. O francês Paul Poiret,
foi o responsável pela grande mudança no vestuário
feminino: o fim dos espartilhos, em fim
os corpos estavam libertos dos amortizantes
apertos na cintura. Os tempos eram outros e
seria impossível para as mulheres, agora trabalhando,
manterem os antigos hábitos da silhueta
ampulheta. A necessidade de mudança
estava latente e Poiret a captou e deixou seu
nome marcado na história da moda.
Abrindo sua
própria mainson em
1903, Poiret projetou
seu nome com um
modelo de casacokimono
muito controverso,
mas em 1909
ele já havia conseguido
fama. Iniciouse
a onda oriental
na moda, com cores
fortes, drapeados suaves,
saias afuniladas
e muitos botões, sendo os enfeiteis favoritos da
época. Poiret pregava uma forma mais solta e
fluída para o vestuário.
Poiret também investiu no que, na
época, era pouco usual, mas que hoje se tornou
um padrão entre as grandes marcas; a
Criação de Poiret
expansão vertical da linha de produto. Em sua
Maison era possível encontrar, além de suas
roupas, móveis, artigos para decoração e perfumes.
Mas certamente, uma de suas maiores
inovações no mundo da moda foi seu desenvolvimento
da técnica de moulage ou draping,
uma radical inovação em um mundo dominado
pelo método de modelagem da alfaiataria. Esta
técnica permitiu a Poiret criar suas peças com
formas retas e alongadas, mas ainda sim fluidas.
Outra de suas mais
famosas criações é a “calça
sherazade”, que nada mais
é do que a calça saruel de
hoje. Foi inspirada no balé
russo que estava fazendo
muito sucesso na Europa.
Poiret também ficou
muito conhecido pela criação
da Saia Afunilada. Esta tinha
o formato muito próximo às
pernas e era muito apertada,
permitindo apenas paços pequenos.
Era usada pelas mulheres
com uma espécie de
tira que prendia uma perna à
outra para limitar o tamanho das passadas.
As criações de
Poiret sempre estavam
preenchidas por cores
vibrantes, um grande
diferencial em relação
ao lugar-comum da
época e sua assinatura
era a rosa, a qual aparecia
periodicamente
em suas roupas.
Outra mudança associada à praticidade
do período foi o encurtamento das saias e
vestidos, que subiram até a altura das canelas.
Os sapatos apareceram e as pernas igualmente,
mas em geral estas eram cobertas por
meias finas.
Chegando em meados da década, outro
nome se destacou, Gabrielle Coco Chanel,
com seus tailleurs de jérsei. Feitos com esse
tecido, de malha, agora eram dotados de toque
macio, sedoso, e elasticidade. Chanel seguiu
seu caminho de criadora e consolidou-se se
tornando a estilista mais importante de todo o
século XX.
A moda masculina não mais sofria as
alterações visíveis de outrora, era quase um uniforme:
calça comprida, paletó, colete e gravata.
Criação de Poiret
Vestido azul estampado com rosas, marca registrada
de Poiret
Saia afunilada
tira usada com saia
afunilada
Em 1918 termina a guerra e algumas
novidades se consolidam. A mulher solteira
não mais dependia de marido para sustentála,
conseguiu adquirir sua emancipação com a
independência financeira.
Na moda feminina as saia encurtaram
ainda mais, com a necessidade de trabalho e
atividades de lazer como a dança. Ainda nos
anos 10 a androginia aparece, com os curtos
cortes de cabelo e com a mulher sendo cada
vez mais independente, fumando em público e
dirigindo carros. Esses novos hábitos e novas
silhuetas são o que vai permanecer nos anos
20 e se transformarem em sua maior característica.
Curiosidade: Dizem que, certa vez, encontrando
Chanel em um dos seus empobrecidos pretinhos
básico, o insolente Poiret perguntou: “Por
quem está de luto, mademoiselle?” E ela, mais insolente
ainda responde: “Por você, monsieur!”

Idade contemporânea seculo XIX . parte III



La Belle Époque

A La Belle Époque, ou Bela Época, representou
o período de 1890 até 1914, tendo
como marco de seu fim o estourar da Primeira
Guerra Mundial.
No campo
artístico houve grande
mudança de valores.
Neste momento
a referência passou
a ser a natureza,
com suas linhas curvas
e formas orgânicas.
O estilo foi batizado
de Art Nouveau
e representou grande
singularidade no
período.
Como sempre
se viu acontecer,
a novidade teve seus
reflexos na área da
moda e a mulher vai
incorporar todos os
novos detalhes curvos.
A cintura feminina
se tornou mais
fina e atingiu a menor
circunferência já vista em toda a história.
O ideal de
beleza do período
apontava para uma
estreiteza de apenas
40cm e para atingir
tal objetivo, algumas
mulheres chegavam
a remover suas costelas
flutuantes para
que conseguissem
afinar ainda mais a
cintura com o auxílio
do espartilho. Assim,
o que teve início ainda na Era Vitoriana,
se acentuou na Belle Époque, período que foi
caracterizado pela cintura ampulheta das mulheres
–ombros com volume, cintura muito fina
e volume nos quadris.
A indumentária feminina marcou uma
demasiada cobertura corporal, quando apenas
o rosto e as mãos se deixavam aparecer, quando
ela não estivesse de luvas. As golas eram
muito altas e cobriam o pescoço e os detalhes
como laços, babados, fitas e rendas estavam
Art Nouveau em profusão.
A remoção das costelas
flutuantes
Cintura de Vespe
Ainda no final da Era Vitoriana o hábito
de práticas esportivas, em especial da equitação,
mas também o tênis, a peteca, o arco
e flecha entraram em voga e se consagraram
na Belle Époque. Este hábito ligado o esporte
trouxe para o guarda roupa feminino a veste de
duas peças, com ar masculino. A assimilação
foi grande e em breve o Tailleur (casaco e saia
do mesmo tecido) foi adotado para o dia-a-dia
das cidades.
O banho de mar
também se tornou um
hábito. A roupa para tal
atividade ainda não tinha
nenhuma relação com
as de hoje, uma vez que
eram de malha, em geral
de fios de lã, cobriam o
tronco e atingiam a altura
dos joelhos. Ainda faziam
parte da composição
meias e sapatos e muitas
vezes uma capa por cima
de tudo com intuito de proteção.
A moda infantil, pela primeira vez na
história, começa a deixar de ser cópia da roupa
dos adultos. Por influência dos banhos de mar,
Com o passar do tempo e o aproximar
do século XX, as anquinhas desapareceram. O
que se viu foi uma saia em formato de sino,
bastante apertada quase impedindo o caminhar
das mulheres. Usavam chapéus com flores,
sobre os coques fofos e a bota era indispensável.
Mulheres do início do período
Tailleur feminino
Roupa de banho
A perda da anquinha: entra a saia de sino
surge a moda marinheiro, que ao longo de todo
o século XX vai ser relida.
Worth continua sendo um nome de
destaque na Alta Costura, mas entram novos
no cenário, como Jacques Doucet e John Redfern.
Para o homem, as linhas do período
anterior permanecem, mantendo a proposta de
praticidade e funcionalidade. O traje masculino
era composto de sobrecasaca e cartola, mas o
terno era facilmente visto. As calças masculinas
eram retas e com vinco na frente, os cabelos
eram curtos e o uso do bigode era bastante
popular na época.

idade contemporânea seculo XIX. PARTE II



Romantismo

O período do Romantismo correspondeu
aproximadamente de 1820 a 1840. Antes
dele, contamos com o período de Restauração
(1815-1820), de pouca identidade na moda feminina,
que foi uma espécie de transição do
Império para o Romântico. Os vestidos começaram
a ficar mais ornamentados, com saias
sutilmente cônicas, decotes mais altos, mangas
compridas e justas nos punhos, porém bufantes
nos ombros.
A moda masculina, no entanto, estava
bem aquecida, em plena transformação já
desde o período do Império. Surge, na Inglaterra,
nesse momento de Restauração, um estilo
denominado de Dandismo, que foi mais do
que uma moda, avançando para um modo de
ser, um estilo de vida. Este movimento surgiu
pelas mãos de George Brummel e teve seus
dias mais gloriosos, efetivamente entre 1800 e
1830.
O modo de ser Dandy impôs-se e ditou
regras. Propunha sobriedade e distinção e
foi referência para toda a moda masculina do
século XIX. As roupas eram justas e não podiam
ter nenhuma ruga. Usavam casaco, colete,
calção ou calça comprida, camisas com
altas golas e pescoços adornados com o Plastron,
um lenço usado com sofisticados nós e
que deixavam a cabeça erguida, gerando certo
ar arrogante, típico Dandy.
Os homens ainda contavam com um
acessório que ficou marcado com ícone de elegância,
status e poder social, a cartola, que foi
usada durante todo o século XIX.
O período Romântico propriamente
dito defendeu as emoções libertas e pôs fim ao
racionalismo típico do Iluminismo. Este ideal
iluminista, em um momento em que a Revolução
Industrial estava a pleno vapor, estava
transformando os homens em máquina e fez
despertar o saudosismo. A proposta era um ser
humano espontâneo e emocional. Houve toda
uma influência no processo criativo das artes,
arquitetura, música, literatura e, naturalmente
na moda. A literatura romântica, abarcando a
épica e a lírica, do teatro ao romance, foi um
movimento de vanguarda e que teve grande
repercussão na formação da sociedade da
época, ao contrário das artes plásticas, que desempenharam
um papel menos vanguardista.
A pintura foi o ramo das artes plásticas
mais significativo, foi ela o veículo que consolidaria
definitivamente o ideal de uma época,
utilizando-se de temas dramático-sentimentais
inspirados pela literatura e pela História. Procura-
se no conteúdo, mais do que os valores de
arte, os efeitos emotivos, destacando principalmente
a pintura histórica e em menos grau a
pintura sagrada.
Para os homens o estilo Dandy permaneceu,
quase inalterado. Foi comum para
eles, a partir de 1830 e até a Primeira Guerra
Mundial, o uso de barbas. Neste momento os
homens estavam ocupados com o trabalho e
coube às mulheres a exibição dos poderes materiais
da burguesia.
Elas buscaram
inspiração
no passado e resgataram
os valores
tradicionais. Os tecidos
listrados e florais
foram comuns
e as cores mais
usadas eram tanto
os coloridos quanto
o preto. A cintura
volta para seu lugar
e novamente passa
a ser marcada pelo
corpete. As saias são usadas com anáguas e
adquirem volume cônico. As mangas passam
a ser enormemente bufantes e foram denominadas
de Mangas Presunto, preenchidas com
plumas e fios metálicos para dar o volume desejado.
Para a noite em especial, os decotes
aparecem novamente. Eram em forma de canoa,
bem acentuados, criando o aspecto de
ombros caídos. O xale manteve-se e podia ser
feito de renda, usado sobre os ombros, cobrindo
o decote e as mangas, para os vestidos que
as tinham.
Os adornos em geral foram muito usados.
Jóias como relicários, pulseiras, broches e
laços babados, fitas, flores. Nas cabeças usavam
cachos caídos sobre a face, sofisticados
penteados, chapéus de palha ou cetim, do tipo
boneca amarrados sobre o queixo. Os sapatos
tinham salto baixo e o leque era indispensável.
Era Vitoriana
O início da segunda metade do século
XIX foi marcado por Napoleão III (França) e
pela rainha Vitória (Inglaterra). A burguesia estava
com grande prestígio graças ao processo
da Revolução Industrial que estava caminhando
bem e permitindo o trabalho com negócios e
comércio e a acumulação de capital dentro da
sociedade de consumo vigente.
O reinado da rainha Vitória é marcado
pela instalação moral e puritanismo, ela era
uma figura solene. Em 1840 ela casa-se com
Albert, e este se torna o Príncipe Consorte.
Esta época é tida como o apogeu das atitudes
vitorianas, período pudico com um código moral
estrito. Isto dura, aproximadamente, até 1890,
quando o espirituoso estilo de vida “festeiro e
expansivo” do príncipe de Gales, Edward, ecoava
na sociedade da época.
Em 1861 morre o príncipe Albert e a
rainha mergulha em profunda tristeza, não tirando
o luto até o fim de sua vida (1902). A
morte do príncipe Albert marca o início da segunda
fase da era vitoriana. As roupas e as mulheres
começam a mudar, os decotes sobem e
as cores escurecem. A moda vitoriana do luto
extremo e elaborado vestiu de preto britânicos
e americanos por bastante tempo e contribuiu
para tornar esta cor mais aceita e digna para as
mulheres. Mesmo as crianças usavam o preto
por um ano após a morte de um parente próximo.
Uma viúva mantinha o luto por dois anos,
podendo optar – como a rainha Vitória – por
usá-lo permanentemente.
A Era Vitoriana, que durou aproximadamente
de 1850 a 1890, foi garantidamente
uma época próspera e os reflexos na moda
foram evidentes. A exagerada Crinolina representou
todo o aspecto de esplendor e prestígio
da sociedade capitalista. Tratava-se de uma
espécie de gaiola, uma armação de aros de
metal usada sob a saia e que permitia que esta
obtivesse um enorme volume cônico e circular.
O ideal de beleza do início da era vitoriana
exigia às mulheres uma constituição pequena
e esguia, olhos grandes e escuros, boca
pequenina, ombros caídos e cabelos cacheados.
A mulher deveria ser algo entre as crianças
e os anjos: frágeis, tímidas, inocentes e sensíveis.
A fraqueza e a inanidade eram consideradas
qualidades desejáveis em uma mulher,
era elegante ser pálida e desmaiar facilmente.
“Saúde de ferro” e vigor eram características
vulgares das classes baixas, reservadas às
criadas e operárias.
Os vestidos femininos eram dotados
de profundos decotes que deixavam o colo em
evidência. Ombros e braços também ficavam
aparentes e os tecidos eram muito luxuosos
como a seda, o tafetá, o brocado, a crepe, a
mousseline, dentre outros.
Este período marca o surgimento da
Alta Costura, que veio acompanhada do início
do processo de valorização do criador de
moda, permitindo a almejada diferenciação da
alta classe parisiense. O marco foi 1850, graças
a Charles Frederick Worth e vale destacar
que este processo teve estreita relação com a
Revolução Industrial e com o prestígio financeiro de sua burguesia industrial. Ele foi um
costureiro inglês que passou a ditar moda em
Paris fazendo as mulheres irem até ele; foi uma
revolução na moda. De acordo com Embacher,
(1999, p.41) Worth “cria o primeiro conceito de
griffe”.
Ao passo que a moda feminina estava
cada vez mais enfeitada, a roupa masculina
tornou-se uma roupa de trabalho, reflexo
da sociedade produtiva da época. Para ele,
fora a gravata, cartola e barba, a sobriedade
imperava e deixava transparecer um contraste
visual marcante entre homens e mulheres,
fossem nas cores, nos volumes, nos tecidos ou
ornamentos. Assim, ficou evidente que o homem
transferiu por completo para sua esposa
a conotação de exibição financeira: ela passou
a representar a riqueza de seu homem, deixando
claro seu papel de esposa e mãe.
Com o passar do tempo, há uma evolução
da Crinolina, que deixa de ser completamente
circular para concentrar seu volume da
parte de trás, se tornando uma gaiola reta da
frente.
Mais para o final da Era Vitoriana, por
volta de 1870/1890, a evolução continua e o
volume passa a ser apenas uma espécie de almofadinha
na parte traseira das saias: surge a
Anquinha. Eram feitas de crina de cavalo no início
e em seguida de arcos de metal unidos por
uma dobradiça que permitia que ela se abrisse
ou se fechasse quando a mulher sentava. O
volume se concentrou, então, só no traseiro feminino.
Os tecidos para os vestidos passaram
a ser os de decoração, usados em estofados
e cortinas. Os espartilhos eram indispensáveis
e os detalhes cresciam cada vez mais, com o
uso das rendas em especial e também de laços
e babados. Usavam leques, sapatos de salto
alto, sombrinhas, caudas nos vestidos e pequenos
chapéus para o dia.

Idade contemporânea seculo XIX

Império 

O excesso de privilégios gozado pelas
classes favorecidas francesas (clero e nobreza)
fez com que o terceiro estado, isto é, o
restante da população, se rebelasse e desse
início ao processo revolucionário. A burguesia,
que estava incluída no terceiro estado, liderou
a revolução mas o sucesso se deu por conta da
participação de seus outros representantes, os
campesinos e os trabalhadores urbanos.
A Revolução Francesa deu origem a
um processo gradual de mudanças sociais que
gerou a transição para outro momento histórico:
a Idade Contemporânea. Após o governo
de um Diretório, seguido do de um Consulado,
a frança passou a ser governada por um
sistema monárquico imperial, de 1804 a 1815,
comandado por Napoleão Bonaparte.
A identidade da moda Império culmina
durante o reinado de Napoleão, mas, no entanto,
o processo de mudanças se iniciou antes.
A partir de 1790 a palavra de ordem era conforto,
com roupas mais práticas e confortáveis.
Os excessos vistos no período do Rococó, com
os Paniers, muitos bordados, corpetes, perucas,
tecidos faustosos, foram deixados de lado.
Houve uma mudança drástica na forma de ser
vestir e o gosto pela natureza e as influências
da vida no campo inglesas
estiveram presentes também.
A “Anglomania”
atingiu a vestimenta masculina
no sentido de sobriedade.
Eles passaram
a usar casacos de caça ingleses,
botas, calças cada
vez mais assimiladas e
parecidas com as de hoje,
golas altas e majestosos
lenços amarrados no pescoço
como adorno.
Para as mulheres
a opulência também desapareceu,
não havia mais
nada de ostensivo e extra-
Indumentária vagante. Usavam um vesti-
 Masculia
do simples, similar a uma camisola solta, com
decote acentuado, geralmente de cor branca
em tecidos vaporosos e transparentes como
mousseline ou cambraia. Um traço característico
desse vestido era o recorte de cintura alta,
logo abaixo dos seios.
Tais linhas para homens e para mulheres
são as que prevaleceram no período do Império.
Vale destacar as influências greco-romanas
que estiveram destacadamente presentes:
os cabelos intencionalmente despenteados
(Cabelos à Ventania) e a forte lembrança das
vestimentas gregas femininas.
As mulheres usavam longas luvas
para se protegerem, quando os vestidos eram
de mangas curtas. A questão do frio era realmente
um problema nesses vestidos de leves
tecidos e profundos decotes que deixavam o
colo todo em evidência (quadrados ou em V).
Assim, entra em moda um acessório que vai
ser usado em todo o século XIX, o xale. Inicialmente
importado da índia (Caxemira) e posteriormente
fabricado na própria França.
Napoleão, fez algumas proibições que
afetaram diretamente a moda. Em parte por
problemas políticos que enfrentava com a Inglaterra
e por outro lado com intenção de desenvolver
a indústria têxtil francesa, proibiu a
importação de mousseline da Inglaterra. Buscava
com isso fomentar a produção especialmente
da seda de Lyon. Também proibiu as
damas de sua corte de repetirem em público
o uso de seus vestidos. Intencionava gerar um
maior consumo têxtil e também fortalecer a
Indumentária feminina

Idade moderna parte II


O Barroco
O período do Barroco compreende o
século XVII. Este período foi marcado pela
evolução do processo de antropocentrismo que
já vinha ocorrendo no Renascimento do século
anterior culminado com a Revolução Científica.
O ser humano tornou-se um grande observador
da natureza, em busca de entender seus
segredos; passou a sistematizar suas experiências
com bastante rigor e transformou intelectualmente
este século, como nomes como
Isaac Newton, Galileu Galilei, René Descartes,
Francis Bacon, dentre outros.
Barroco, uma palavra portuguesa que
significava “pérola irregular, com altibaixos”,
entende-se por um estilo com uma orientação
artística que surgiu em Roma na virada para o
século XVII. O novo estilo estava comprometido
com a emoção genuína, buscava retratar a
emoção humana e era muito expressivo, com
importantes efeitos de luz e sombra nas pinturas.
Era também ornamental e opulento, efeito
manifesto na arquitetura..As cortes européias continuaram cada
uma com suas características particulares, variando
de país para país, embora o que tenha
marcado esta época tenha sido o excesso visual.
A Espanha continuou a usar o austero preto,
influenciando também a Holanda. O Rufo
manteve-se, ficando ainda mais exagerado e
as mulheres continuaram a usar o Vertugado
As rendas foram muito usadas em golas
e punhos para ambos os sexos. De modo
geral o Rufo ficou de lado, pois evoluiu para o
Cabeção, que era uma gola de renda engomada
levemente inclinada para cima na parte de
trás, como que apoiasse a cabeça nesta base.
Esta gola, como o passar do tempo evoluí novamente
e vira a Gola Caída, que era completamente
apoiada sobre os ombros, para ambos
os sexos.
As mulheres passaram
a usar uma sobreposição
de anáguas por
baixo de uma saia mais
arredondada. Usavam
uma camisa curta e outra
por cima, muito decotada
e indo até o cotovelo. O
corpete era comum, deixando
as cinturas finas e
os tecidos, assim como
nos homens, eram luxuosos
e caros. Predominavam
o vermelho-escarlate,
vermelho-cereja, azul-escuro, mas também se
via os claros, como: rosa, azul-céu, amarelo
pálido.
Para as mulheres, o penteado era feito
propositalmente com ar de despenteado, preso
por fitas. No entanto com o tempo fica mais
rico, adornado com rendas, toucas e estruturado
por arames para armar o volume desejado.
Para os homens o Gibão cresceu. Passou
a ser moda o uso de botas adornadas por
rendas. Nas cabeças masculinas ainda eram
frequentes os chapéus, variando um pouco de
corte para corte, mas comumente presentes.
Um pequeno bigode deixava seu singelo registro
de masculinidade, em meio a tanto adornos
típicos hoje do universo feminino. Foi o período
dos Mosqueteiros na França e dos Cavaleiros
da Inglaterra.
Foi a época
da corte de Luís
XIV, o Rei Sol. Sob
seu reinado, por
volta de 1660, Versalhes
se impôs
sobre o restante
da Europa, ditando
novos padrões
de comportamento,
de boas maneiras,
etiquetas, modos
e de moda. No reinado
de Luís XIV, a
França chega ao seu apogeu. Mas o que se assiste,
logo em seguida, é a decadência da nobreza
francesa devido a política centralizadora
do rei. As mudanças e inovações dessa época
eram totalmente determinadas pela casa real.
Há uma valorização das formas femininas que
ressalta os quadris e acentua a cintura.
Em meados
do século, os cabelos
longos viraram moda
para os homens, no entanto
como muitos não
os tinham compridos
naturais, passaram a
usar perucas. Esse se
tornou um grande ícone
da moda masculina do
período.
Neste momento
os homens começam
a vestir-se com
mais destaque do que
Indumentária feminina
as mulheres. Por conta de uma influência vinda
do Oriente, surgiu uma espécie de túnica
longa, que foi encurtando com o tempo. Todas
as peças eram em tecidos sofisticados, como
veludos e brocados. No final do século surge
para os homens um lenço de renda usado no
pescoço, uma espécie de gravata.
Curiosidade: “Um complemento muito
curioso de uso feminino foram as mouches de beauté
(moscas de beleza), que vigoraram na segunda
metade do século XVII. Tinham o aspecto de pintas;
eram feitas de seda preta com desenhos inusitados
que continham um material colante por trás para
serem aplicadas sobre a face. Com relação aos motivos,
podiam ser os mais variados possíveis, como
meia-luas, estrelas e corações. O efeito obtido era
de charme e servia para acentuar a expressão facial.
Havia as grandes moscas com motivo de sóis,
pombas, carruagens e cupidos.
.
Rococó


O Renascimento Cultural deu o pontapé
para o surgimento da Revolução Científica
no século XVII, e esta funcionou como base e
meio para o surgimento do Iluminismo no século
XVIII, no período conhecido como Rococó.
Este período foi tido como o apogeu da modernidade.
Os iluministas eram pensadores que
buscavam, através da razão, compreender a
natureza e a sociedade e o lugar onde tudo
começou foi Paris, divulgando o pensamento
para o restante da Europa e América do Norte.
As palavras de ordem eram razão e liberdade,
e se propagaram para os campos político, social
e econômico.
A arte do Rococó também teve seu
início na França e foi considerada o exagero
do exagero, com total falta de moderação. Mas
apesar disso, também teve muito requinte,
manifestando-se pela leveza e delicadeza. Foi
uma arte muito aristocrática, trabalhando com
diversos ornamentos.
A arquitetura rococó é marcada pela
sensibilidade, percebida na distribuição dos
ambientes interiores, destinados a valorizar
um modo de vida individual e caprichoso. Essa
manifestação adquiriu importância principalmente
no sul da Alemanha e na França. Suas
principais características são uma exagerada
tendência para a decoração carregada, tanto
nas fachadas quanto nos interiores. As cúpulas
das igrejas, menores que as das barrocas, multiplicam-
se. As paredes ficam mais claras, com
tons pastel e o branco. Guarnições douradas
de ramos e flores, povoadas de anjinhos, contornam
janelas ovais, servindo para quebrar a
rigidez das paredes.
Deve-se destacar também que é nessa
época que surge com um vigor inusitado a
indústria da escultura de porcelana na Europa,
material trazido do Extremo Oriente, na esteira
do exotismo tão em voga nessa época. Esse
delicado material era ideal para a época, e imediatamente
surgiram oficinas magistrais nessa
técnica, em cidades da Itália, França, Dinamarca
e Alemanha.
A moda foi diretamente influenciada
pelas novas linhas da arte e esteve associada
à figura do rei Luís XV. O uso da renda manteve-
se tanto para homens quanto para mulheres.
As perucas continuaram a serem usadas
por eles, mas agora eram empoadas com pó
branco; tinham um rabo-de-cavalo preso por
um laço de fita de seda preta e eram feitas de
crina de bode ou de cavalo e de fibras vegetais.
Foi usado também por eles um chapéu tricórnio
preto.
Tanto para mulheres quanto para homens,
os tecidos eram a seda e grossos brocados
com inspiração na natureza. Os homens
vestiam neste período o calção, camisa, coletes
bordados, casacas também bordadas, meias
Para as mulheres foram usadas muitas
flores, nas roupas e nos cabelos, tanto naturais
quanto artificiais. Os corpetes ajustavam
muito bustos e cintura. Os vestidos tinham um
corpete decotado quadrado, com magas até
os cotovelos, sendo finalizadas por babados,
rendas e laços de fita, com saias muito volumosas,
cônicas. Dividiam-se entre os Vestidos
Abertos e os Vestidos Fechados. Tinha o nome
de “aberto” porque a saia tinha um recorte na
parte da frente, deixando aparecer a de baixo,
muito ornamentada. O fechado, como o próprio
nome sugere, tinha a saia sem a abertura.
Na parte lateral dos quadris havia um
grande volume, obtido por espécie de cestinhos
em geral feitos de vime, chamados de Paniers.
Na parte das costas, os vestidos muitas vezes
tinham pregas largas, que iam dos ombros até
o chão, denominadas de Pregas à Watteau.
Indumentária masculina
Vestido fechado
Penteados femininos
brancas e sapatos de salto. Houve pouca mudança
em relação ao reinado de Luís XIV.
Em 1774, Luís XVI sobe ao trono e
Maria Antonieta torna-se rainha da França e
um ícone feminino de excessos do período.
Para as mulheres, os penteados inicialmente
eram baixos e também empoados,
no entanto o que marcou o período foram os
penteados grandes, surgidos com o passar do
tempo. Eles chegaram ao extremo exagero em
proporções e em adornos e eram feitos com os
cabelos das próprias mulheres, que não usavam
perucas, apenas enchimentos com crina
de cavalo para chegarem aos exagerados volumes
do período. Eram enfeitados com cestos
de frutas, caravelas, moinhos de vento, borboletas,
etc.
No final do Rococó os decotes ficaram
muito profundos e os Paniers cresceram muito
em volume a ponto de uma mulher só conseguir
passar por uma porta se ela fosse aberta
em suas duas partes.
O marco para o fim deste período é
quando estoura a Revolução Francesa. O rei
Luís XVI e sua rainha, Maria Antonieta, são decapitados
na guilhotina em praça pública.